segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Momentos e não pessoas


Se a vida te fez esquecer o que você aprendeu a amar, não se assuste. Certamente outros amores aparecerão, outras diversões surgirão. Não hei de se queixar com frustrações cotidianas. O primeiro amor não é o amor da vida inteira. A primeira paixão não é a que machuca ferozmente. No amor, nada é premeditado. Tudo inova ao passo que as pessoas passam. Ninguém se completa por inteiro, o que existe é a perfeição do momento em que se encontram. Em certas horas você só quer alguém pra lembrar, pra te ligar, te acordar e dizer o quanto foi bom ter te conhecido. Em outras, quer um alguém pra todo dia, toda hora, pra contar suas besteiras e seus assuntos importantes. Tem dias que tudo o que mais deseja é ficar só, sem alguém pra te encher de perguntas e comentar como foi o dia. Não se lamente com a falta do amor perfeito, talvez ele nem exista. A sorte do amor não está na pessoa, está no momento em que ela chega até você e corresponde às suas vontades. 

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

É óbvio, é comum


Sabe, às vezes me sinto cansada. Velha demais, suportante demais. Às vezes tenho nojo das pessoas. Sinto-me sufocada com tanta negatividade. Nada em especial ruim o bastante está acontecendo agora. Mas diariamente aparecem situações intrigantes. As pessoas se aproximam de você, se mostram legais, interessantes e disponíveis. Depois, muitas vezes nem demora muito, elas vão se mostrando pouco a pouco, e no final de tudo, se declaram óbvias, comuns e com os mesmos propósitos.  A aproximação tem um porque além de gostar de você e apenas simpatizar. Em cada atitude e em cada fala, vão demonstrando mais interesse ainda por alguma coisa em você. Aproximam-se visando te tirar algo, te prejudicar ou tentar te ter momentaneamente. A partir do momento que você se mostra distante ou com interesse diferenciado, ela te joga pra cima, como se fosse descartável. Por não poder atender a um desejo premeditado, você é deixado de lado em instantes. Sinto falta do que não tenho. É o previsível ainda me surpreende.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Amor é amor

Às vezes tentamos inutilmente praticar o desapego. Às vezes pensamos que tentar esquecer é deixar de lembrar. Não adianta impor nem estar ciente do que já não acontece mais. Prefiro tratar do sentimento na forma real dele. Intenso, insano, romântico, ardente. Um único momento de flores murchas não indica que a primavera acabou. Não procure entender, explicar. Não tente se achar ou procurar motivo de se perder em se encontrar. Às vezes é mesmo difícil se desprender de algo que com o passar de apreços, se tornou causa e consequência de felicidade.  Bom mesmo é se entregar à razão de sorrisos como se ela fosse a última. E única. Se doar, lembrar, amar. Amor só para amar...e só.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Rotina diferenciada

Com algumas idas e vindas, com uns acréscimos e decréscimos, o seu mundo vai mudando, se modelando e se adequando. Não há de ser sempre complicado nem absurdamente estranho. Cada um é arquiteto de todas as suas consequências. Não adianta esperar sempre demais, não precisa forçar mostrar o que não se consegue transparecer naturalmente. Ao contrário, torna-se uma privacidade. Já pensei e já agi de forma muito clara. Expondo o que não era necessário e satisfazendo quem tentava fingir se preocupar. Ainda bem que tudo muda, que as pessoas não são capazes de inibir por muito tempo suas infidelidades e que os problemas e soluções em si já vão nos tornando mais fortes. Não é chamativo estar altamente alerta para o que nos rodeia, mas o que não pode ocorrer é se deixar levar e se entregar de olhos fechados a qualquer sorriso.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Lá longe

Abrace o que te faz mostrar os dentes. Pense no que for bom. Valorize o que ( quem ) te ama. Você é dono de si. Saiba escolher exatamente aquilo que te faz melhor. Se optar pelo errado e descobrir que não vale a pena, pra quê dar continuidade? Bom mesmo é quando prevalece o amor próprio. É quando você sabe o que te faz bem ou não. É você conseguir associar e jogar fora tudo aquilo que não acrescenta. É você descartar quem faz questão de te irritar, de te colocar pra baixo, de pensar que você é menor. Se der para reciclar, aproveite. Ajude. Aconselhe. Se for uma maldade proposital, ignore. Mostre ser melhor, bem melhor. Se for para aumentar círculos de bolhas de ar, sem essência, mantenha-os vazio. Ou apenas com bolas cheias. Siga em frente pensando positivo, deixa pra trás quem te atrasa. Ou quem tenta. Deixa lá, bem longe. Lá. Lá.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Intensa


Já deveria ter me acostumado com a rapidez que as coisas e pessoas tendem a acontecer comigo. Quando toca aquele desperte, há o encantamento e de alguma forma ou de outra, você consegue se enxergar com aquela pessoa por muito mais tempo, como velhos amigos.Velhos conhecidos. Há aquela rotineira impressão de que não se conheceram hoje, ou nem mesmo ontem. Já se entendem tanto, sabem de si, os olhares já conversam e as falas alegram. Vem aquela vontade de um mundo particular, sem outras pessoas, mesmo que seja momentâneo. Só um pouco, sem preocupação, sem crítica. É estranho na prática. Mais tempo de convívio deveria acarretar num laço mais firme, sem deslize. A breve apresentação, teoricamente, teria que condizer com o conhecimento. Algo lento, com precaução e desconfiança. Prefiro não fazer jus ao comum. Não tem porque se prender tanto. É vantajoso ser intensa.  

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Não me abandone.

Em algum lugar me perdi, parte de minha essência ficou. Talvez seja por isso que as pessoas continuem fazendo questão, mas sem muito entusiasmo. Sinto no olhar delas uma saudade do que permaneceu num breve passado. A nova rotina é uma tentativa de fuga de tudo o que me afasta dos objetivos reais. Nenhuma mudança brusca chega com facilidade e a dificuldade em encarar tudo naturalmente está transparente ao ponto de me incomodar. Os de verdade andam lado a lado. Ainda não sei o que ou quem roubou a marca vontade de agitação, de fazer o círculo permanecer feliz sempre, de tédio com a monotonia e a necessidade dos meus. Me conformo com o que escolhi, mesmo me olhando no espelho e encontrando alguém um pouco diferente. Ando me estranhando e não vou reclamar quando a crítica vier pela falta do reconhecimento.

terça-feira, 22 de março de 2011

Sentimental demais

Nunca consegui entender ao certo a razão para casais tentarem continuar insistindo em erros óbvios. É estranho observar as situações sendo contrárias às teorias. A idéia de amor absoluto e eterno de extrema dependência não condiz e não pode ser válido quando na prática, as atitudes não comprovam a utopia. Não ando tendo nenhuma desilusão amorosa, muito pelo contrário, a felicidade está me abraçando. Mas é que o convívio e o afeto com a diversidade me fazem aprender com erros vizinhos. Amor tem que ser bonito, no mínimo. E bonito é quando não há desgaste nem falta de confiança, é quando há respeito e, acima de tudo amor próprio. Não adianta dependência, embora não saibamos nos controlar na hora de se entregar a quem nos - parece que - é perfeito.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

As máscaras são deles.






Entrei em conflito ao chegar perto de entender o porque de tantas mentiras. A resposta não chega, a confusão aumenta e a vontade de continuar não cessa. Acostumada a uma rotina clara e sem muros de afastamento, estive por vezes, cansada de tantas pessoas olhando para meu mundo, impondo opiniões e querendo me empurrar suas verdades. Os navegantes praticamente nos obrigam, com sua visível hipocrisia, a levantar barreiras, viver um pouco afastada, resolver só o que nos incomoda, criar uma máscara de aparente melhora e tentar transparecer, assim como eles, que tudo corre normal e nunca nada  está com alguma deficiência. Me deixa nauseada ter que pensar que posso ser um deles. Apesar de querer mostrar ser forte e inventar algumas omissões, minha máscara é de brinquedo.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Tudo que é passageiro, passa

As pessoas perguntam porque eu estou distante,  se algo tem acontecido ou o motivo de minha mudança repentina. Eu, sem muito o que dizer, me chateio ao lembrar de uma inconstância que me persegue e faz com que atinja as pessoas que são mais próximas de mim. Não quero entristecer ninguém, nem me magoar. Mas tudo tem acontecido tão depressa,todos têm estado tão longe e eu não aceito me acostumar com a ausência de quem sempre é presente e faz de minha rotina, diferente. Eu só quero que o tempo passe um pouco, que tudo volte ao normal e as coisas se reajustem. Eu não sei dividir pessoas nem administrá-las em grande quantidade. Tenho aproveitado quem não faz parte da rotina diária que é a maior saudade de todas as estações e talvez isso tenha corroborado para o meu breve desligamento. Amor não muda, não acaba e não deixa de existir.  Isso é o que me conforta quando a tristeza de saudade insiste em me apertar.